Meu nome é Maria Helena Lopes Barros Braga, moro em Fortaleza, capital do Ceará, e tenho 50 anos. Não me aposentei, pois a empresa em que trabalhava me colocou para fora depois que adoeci. Estou com o caso na Justiça do Trabalho até o presente momento.
Meu diagnóstico de Hipertensão Arterial Pulmonar foi difícil porque muitos médicos até hoje desconhecem essa doença.
No ano de 2009, após realizar uma cirurgia para Correção de Comunicação Interatrial (CIA) não tive mais saúde. Até entender a doença, aceitar e respeitar meus limites, foi um processo. E na verdade, ainda é.
Aprendi que tem várias doenças raras para as quais os médicos não têm resposta, que existem vários tipos de Hipertensão Pulmonar e que são poucos os médicos que sabem lidar com essa doença. Em Fortaleza o tratamento ainda é precário e com poucos recursos.
O médico que me acompanha não é do hospital de referência, mas é muito dedicado e está comigo já faz anos. Não quero atendimento no hospital de referência daqui, já que onde faço tenho conseguido um tratamento melhor com muita dedicação por parte do médico.
Como minha HAP é leve, tomo apenas uma medicação de alto custo que tem chegado normalmente, tendo faltado apenas uma vez. Mas no Hospital de Messejana, que é referência, falta medicamento. Inclusive no momento está faltando e tenho colegas passando mal pela falta da medicação, infelizmente.
Sou casada e meu marido e meus filhos até hoje me ajudam, pois entendem minhas limitações.
Já conquistei meu sonho de me tornar psicóloga. Agora quero ter uma qualidade de vida melhor e que encontrem a cura para esta doença.