Lizdagila Silva

Olá, meu nome é Lizdagila Silva, sou enfermeira e docente de cursos técnicos de enfermagem. Tenho 39 anos, vivo em São Luís do Maranhão, sou solteira e moro só com meu filho de 18 anos. Recentemente, consegui me afastar pelo INSS devido à gravidade e às complicações de saúde.
A hipertensão arterial pulmonar (HAP) apareceu pra mim em 2016, como uma doença secundária ao lúpus, que já tenho diagnóstico. Sempre fui muito teimosa e resiliente, tive dificuldades de aceitar a doença. Então, quando me sentia bem, abandonava o tratamento não sabendo da gravidade do problema. De 2022 pra cá, o quadro começou a se agravar mais, começando a me limitar bastante. Passei por algumas internações e em 2024, devido a gravidade, desencadeou a insuficiência cardíaca (ICC).
Uma das primeiras manifestações clínicas foi uma forte dor torácica, que até me incomodava até para respirar, acompanhada de dispneia.
Aprendi que tive que me reinventar. Confesso que tive muita resistência em aceitar a doença, pouco falo sobre o assunto, tentei muito viver uma vida normal. Porém hoje aprendi que tenho limitações, que infelizmente não posso fazer tudo o que tenho vontade. Hoje, com o agravamento da doença e tendo possibilidade para o transplante pulmonar, estou tentando me abrir mais e buscar ajuda.
Não tenho muito apoio da família. Sou uma pessoa independente e um pouco complicada em relação a dar trabalho. Minha família não sabe da gravidade do meu problema.
Tenho um ótimo cuidado médico, de uma preocupação ímpar com a paciente rebelde deles aqui. Tenho acesso tranquilo ao tratamento pelo SUS. Só quando falta medicamentos, que se torna complicado.
Meu sonho é poder ver meu filho se estabilizar e casar. Além disso, não tenho muitos sonhos grandes, só quero mesmo viver feliz a cada dia que Deus me colocar de pé.