Gislene Davi Ramos

Meu nome é Gislene Davi Ramos, tenho deficiência física, uma sequela de poliomielite nas pernas desde criança. Moro em São Bernardo do Campo, em São Paulo, cursei duas faculdades e hoje atuo como advogada. Vivo em união estável há 25 anos e tenho um filho.

Eu estava com muito cansaço e falta de ar, estava sem convênio e paguei uma consulta particular com um pneumologista para fazer uma bateria de exames. Diante dos resultados, já fui diagnosticada com Hipertensão Pulmonar em 2020.

Quando eu descobri a doença, achei que seria tudo de boa, porém devido a pandemia parei de me consultar e fazer exames periódicos e então o meu quadro piorou e tive que passar a usar oxigênio medicinal. A partir deste momento, eu passei a tomar consciência de todas as limitações que eu teria para o resto da vida e quase pirei porque eu perdi a minha liberdade de ir e vir. Aprendi que essa doença tira a nossa dignidade.

Conto com apoio da minha família e pago a duras penas o acompanhamento médico com um pneumologista renomado. Em relação ao acesso ao tratamento, eu ganho alguns remédios do governo, mas que estão em falta no momento. Acho que terei que entrar com uma ação na justiça para garantir os meus direitos.

Meu sonho é reconquistar minha liberdade de ir e vir. Isso não tem preço!