Meu nome é Carolina Correa de Jesus e moro no Rio de Janeiro. Tenho 2 filhos: a Beatriz de 13 anos e o Arthur de 1 ano e 11 meses. Eu era demonstradora de vendas, mas por conta da doença estou impossibilitada de trabalhar. Ainda estou no processo de solicitação de Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência (BPC/LOAS).
Eu fui diagnosticada com Hipertensão Pulmonar em agosto de 2022 quando meu filho tinha 10 meses de nascido. Mas tudo começou ainda na gravidez. Durante a gestação, me diziam e me tratavam como pré-diabética. Logo após o meu filho nascer veio o diagnóstico de crises de ansiedade. Até que em agosto do ano passado, depois de muitas idas e vindas a vários especialistas, fiz um ecocardiograma. Foi aí que veio o desespero da minha irmã, que é técnica de enfermagem, e me internou no mesmo dia na UPA até me transferirem para um hospital maior, onde foi feito o diagnóstico.
Na hora em que soube, tive uma sensação de morte e de desespero por ter filhos que precisam de mim. Meu filho Arthur ainda mamava e isso foi tirado dele meio que na correria por conta dos meus exames de contraste e do uso de anticoagulantes. Enfim… uma mudança da noite para o dia. Eu tenho 38 anos e me vi totalmente exausta e impotente até para dar um carinho de colo aos meus filhos.
Ainda estou aprendendo a lidar com a doença… Ter paciência, pedir ajuda e entender que eu preciso de pessoas à minha volta. Ainda não sei dividir tarefas, rsrs, mas juro que estou tentando.
Meu cuidado médico é excelente. Faço controle da doença no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, conhecido como Hospital do Fundão, e lá eles me dão toda assistência disponível. Ainda estou com meu pedido de medicamento em processo na RIOFARMES – Farmácia Estadual de Medicamentos Especiais. O acesso a bosentana me foi negado. Aqui no Rio de Janeiro ainda não entrou em vigor o novo PCDT.
Meu sonho é viver e poder criar meus filhos.