Andréa dos Santos Moreira

Meu nome é Andréa dos Santos Moreira, sou casada e tenho uma filha maravilhosa. Aposentei por tempo de contribuição em junho de 2022, depois de trabalhar por 37 anos. De lá para cá venho fazendo várias atividades que, antes, enquanto trabalhava, não tinha tempo. Sou mineira de Itabira, mas já morei e trabalhei em Brasília durante 9 anos e Belo Horizonte por 2 anos.

Meus sintomas iniciais foram de cansaço e respiração ofegante, que começaram uns 2 meses antes de me aposentar, em abril de 2022. Como leio muito meu corpo, pois sou diagnosticada com esclerose múltipla desde 2007, percebi que não estava normal. Fui num cardiologista e fiquei quase 1 ano na busca para saber o que eu tinha. Não achavam nada nos zilhões de exames que fiz.

Eu já tinha uma doença crônica bem complicada e que requer muita atenção, mas estava estável há anos. Quando descobri a hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI), apesar do alívio de descobrir o que tinha, me aterrorizei, pois sou uma pessoa a 220V e, de novo ter a sensação de uma bomba dentro de mim, não foi nada fácil. Procurei uma psicóloga, mas a negação e o luto demoraram a passar.

Estou tentando aprender que tenho que entender que meu corpo não irá responder a tudo que eu acho que ele deve dar e aguentar. Mas, a partir do meu diagnóstico, fui buscar ajuda médica, fisioterapia cardiorrespiratória e psicologia para encontrar o meu melhor agora.

Eu sempre tive apoio da minha família. Eles todos sabem da esclerose múltipla desde meu diagnóstico e acompanharam todo meu processo de busca desde o início dos sintomas. Eles entendem que agora sou a mesma Andréa, mas com maiores pausas e paradas para respirar.

Quando o cardiologista detectou pressão pulmonar alterada no meu ecocardiograma, já fez um relatório e me mandou procurar Dr. Frederico Thadeu em Belo Horizonte. Fui em seu consultório e ele me esclareceu os principais pontos da HAP. O acompanhamento que tenho foi fundamental para hoje me sentir muito melhor. Agradeço por ter encontrado o apoio e conhecimento para reduzir sintomas tão desagradáveis e me dar de volta a capacidade de fazer as coisas cotidianas sem ter que pausar a todo instante.

Sobre o tratamento, eu tomo Tadalafila e Ambrisentana 10 mg. Este último consegui em processo junto a Farmácia Especializada de Minas Gerais ,com processo aprovado em uma semana. Já houve casos de não disponibilidade do remédio, mas que não impactaram sobremaneira meu tratamento.

Quero estar bem para a formatura da minha filha daqui um ano e meio. Quero viajar muito, aproveitar meu tempo para conseguir hobbys novos. Quero poder ser Eu. Quero melhorar meus ganhos nos meus treinos cardiorrespiratórios, com meu anjo fisioterapeuta que a HAP me proporcionou conhecer. E principalmente, quero ter a alegria de poder dançar quando quiser novamente (sempre amei música e dança).