Sou Adriana Gomes dos Santos. Tenho 41 anos, moro em São Paulo e sou gerente de uma empresa, mas atualmente estou afastada do trabalho. Sou divorciada e tenho dois filhos, sendo um deles autista.
Há mais ou menos 3 anos tive uma embolia pulmonar, me tratei e tive alta médica. Depois disso continuei a sentir falta de ar, retornei ao médico ele me disse que seria uma sequela… Continuei a minha vida, mas com essa limitação. Isso foi se agravando e piorando cada vez mais. Fui ao médico e fiz uma tomografia com contraste e constatou um coágulo no pulmão. Fui encaminhada para o Hospital São Paulo e retomei o tratamento de anticoagulantes. Fiz vários exames e o cateterismo constatou Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crônica (HPTEC).
Na hora, eu senti impotência, medo, incapacidade e insegurança do que ainda estava por vir. Eu me senti como se não tivesse mais o que fazer. Aprendi que hoje meu corpo tem limites e que se eu for devagar chegarei mais longe. Que nem sempre meu corpo vai acompanhar minha mente e valorizo mais os momentos com meus filhos. Estou aprendendo a lidar com meus próprios medos e com minha mente.
Não tenho muito apoio da família. A única pessoa que cuidava de mim era minha mãe, que faleceu faz 5 meses. Hoje eu tenho um amigo e uma irmã que sempre que podem, me ajudam em algumas tarefas.
Tenho acesso a todo o tratamento no Hospital São Paulo. Avalio meu cuidado médico como excelente, com muito acolhimento, principalmente da doutora Eloara, que passa muita segurança. Por muitas vezes, ela me abraçou quando chorei. Ela me passa confiança e é segura em tudo o que fala. E isso é muito importante neste momento em estamos vulneráveis e sensíveis. Sou grata a todos que sempre tiveram paciência em me ouvir e me orientar da melhor maneira possível.
Meu sonho é ter uma vida normal novamente. Poder fazer minhas coisas sem precisar sempre de alguém ou de ajuda e poder ter autonomia. Poder fazer todas minhas tarefas, desde as mais simples, sozinha. Sonho em poder ir ao parque e andar sem precisar parar com poucos passos, poder fazer um passeio sem sentir que estou atrapalhando as pessoas com minhas paradas para respirar.