Dra. Marina Lima: “A asma mata. Mas não precisa matar.”

A asma mata. Mas não precisa matar. A asma não tem cura. Mas tem controle. Porque temos medicações. Muito boas…

A asma mata. Mas não precisa matar. A asma não tem cura. Mas tem controle. Porque temos medicações. Muito boas medicações que controlam os sintomas e evitam as crises. Exatamente como a hipertensão arterial e o diabetes.

Mas o que é asma? É uma inflamação dos pulmões. Herdamos os genes dos nossos pais mas é necessário um ambiente que estimule o aparecimento dos sintomas de asma.

Quais são esses sintomas? Falta de ar, cansaço, tosse e chiados no peito.

Não são sintomas específicos e podem aparecer em outras doenças. Porém, quando esses sintomas são frequentes, associados com fatores desencadeantes, fica mais provável o diagnóstico de asma.

E como ter certeza de que é asma? Provas de função pulmonar (espirometria, broncoprovocação) – os exames de sopro. Não existe diagnóstico de asma sem exames de sopro. Existe suspeita.

Como é o tratamento? Preferencialmente com um anti-inflamatório por via inalatória. Não é perigoso usar dispositivos inalatórios (bombinhas). Perigoso é não tratar. Porque asma pode matar. É mais seguro usar medicações pela via inalatória do que pela via oral. Porque ela vai para os pulmões que é o local da doença. Os comprimidos vão para o corpo todo e dão mais efeitos colaterais. É seguro inclusive para grávidas, porque NÃO afeta o bebê, já que fica nos pulmões da mãe.

Hoje a substância mais eficaz para tratar a asma é o corticoide inalatório. Pode ser associado a outras substâncias como broncodilatadores. Eles existem em vários tipos de dispositivos sejam de pó sejam de spray. Não viciam nem fazem mal ao coração. Corticoides por dispositivos inalatórios não engordam.

Não importa qual será o tratamento escolhido. Importa usar e tratar.

Porque asma mata. Porém ninguém precisa mais morrer de asma hoje.

Por: Dra. Marina Andrade Lima

Dra. Lima possui graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense – UFF, residência médica em Pneumologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ e mestrado também em Pneumologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Coordenou a unidade de pesquisa clínica em Pneumologia do Instituto de Doenças do Tórax (IDT) da UFRJ. Coordenou a pesquisa clínica em Pneumologia da Amil Lifesciences. Atualmente coordena a Unidade de Pesquisas Clínicas do Hospital Dia do Pulmão, Blumenau-SC. Tem ampla experiência com pesquisa clínica na área de Pneumologia, atuando principalmente nos seguintes temas: asma, asma grave, DPOC, hipertensão arterial pulmonar, infecções e bronquiectasias e fibrose pulmonar. Fonte: Currículo Lattes.