A base de evidências epidemiológicas e toxicológicas combinadas que ligam a exposição à poluição do ar a consequências adversas na…
A base de evidências epidemiológicas e toxicológicas combinadas que ligam a exposição à poluição do ar a consequências adversas na saúde é robusta e justificável, diz o Professor Frank Kelly num novo editorial publicado no European Respiratory Journal.
Em resposta a um artigo publicado em Frankfurter Allgemeine (Janeiro de 2019) que questiona o alicerce das diretrizes de qualidade do ar baseada na saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Professor Kelly argumenta que questionar a legitimidade das diretrizes de qualidade do ar contradiz décadas de investigação e estudo, conduzido por dezenas de milhares de cientistas do mundo todo.
O editorial baseia-se em evidências de vários estudos de alta qualidade para realçar os efeitos negativos de exposição a poluentes aéreos (incluindo matéria particulada, dióxido de nitrogênio e ozônio a nível do solo) na saúde humana e ecossistemas naturais, e relaciona suas consequências econômicas.
O Professor Kelly afirma que estudos epidemiológicos, os quais estimam a mortalidade em termos de “mortes prematuras” e de “anos de vida perdida”, produzem alguns dos achados mais robustos associados a poluição do ar já que são capazes de fornecer uma medida do impacto geral da exposição entre as populações.
O editorial continua dizendo que agora como está bem documentado que a poluição do ar contribui para o desenvolvimento de doenças pulmonares e cardiovasculares, e que a exposição tem sido ligada ao comprometimento do desenvolvimento fetal e à restrição do crescimento dos pulmões para crianças em idade escolar.
Além disso, o Professor Kelly argumenta que os estudos toxicológicos demonstram mais profundamente como a poluição do ar impacta de forma severa o sistema cardiovascular, ele também intitula as imprecisões de comparar picos de exposição a curto prazo durante o fumo com os resultados da exposição regular a longo prazo à poluição ambiente, afirmando que eles não têm base científica.
Para mais informações por favor leia o relatório pericial da Sociedade Respiratória Europeia (SRE) e da Sociedade Internacional pela Epidemiologia Ambiental (SIEA), O impacto da poluição do ar na saúde, disponível em Alemão e Inglês
Frank Kelly é professor de Saúde Ambiental no Kings College em Londres, Reino Unido, onde é Diretor da Divisão de Ciências Analíticas e Ambientais. Suas outras posições de responsabilidade são Diretor do Grupo de Pesquisa Ambiental, Diretor da Unidade de Pesquisa em Impacto de Riscos Ambientais na Saúde e Vice Diretor do Centro MRC-PHE de Ambiente e Saúde (fonte).
Fonte: ERS