Em março de 2021, a vida de David Jugend mudou. Ao receber o diagnóstico positivo de covid-19, pouco antes de…
Em março de 2021, a vida de David Jugend mudou. Ao receber o diagnóstico positivo de covid-19, pouco antes de ter acesso a primeira dose da vacina, David foi internado. Seu quadro se agravou e ele precisou ser entubado poucos dias depois de chegar ao hospital. “Eu tive uma daquelas covids em que estou aqui por acaso. Eu fui entubado, estive mais de um mês no hospital. Passei abril de 2021 entubado, maio de 2021 no hospital e o resto do ano de 2021 achando que eu ia ficar bom”.
David conta que, com o tempo, sua saúde, de fato, melhorou. Mas como a covid o fez perder 25% do pulmão, ele ainda enfrenta sequelas respiratórias e mais cansaço nas atividades do dia a dia, como caminhar.
Depois da covid, David enfrentou duas pneumonias. A mais recente foi em fevereiro deste ano. “Estava em casa, comecei a sentir uma gripe e fui ficando cansado. Como meu cansaço é uma coisa recorrente depois da covid, eu fui resistindo. Até que chegou uma hora em que o cansaço não passava mais e minha mulher disse para irmos ao pronto-socorro.” Ao chegar no hospital, David fez uma tomografia, que confirmou o diagnóstico de pneumonia, e ele foi internado.
Na internação, foi acompanhado pelo dr. Mauro Gomes, médico pneumologista e professor de Pneumologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e por sua equipe. O próprio dr. Mauro sugeriu que David fizesse o mapa de vírus, um exame para identificar qual vírus havia provocado a pneumonia. David lembra que o exame não tinha cobertura pelo plano de saúde, mas optou por pagar e fazer o teste. Nesse exame foi identificado o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) como causador da infecção. O tratamento seguiu como já estava em andamento no hospital, sem precisar de mais medicação quando voltou para casa. “Fiquei aproximadamente 10 dias no hospital até receber alta. Foi aí que descobri e aprendi a falar esse nome difícil desse vírus”, lembra.
David comenta que não sabe como teve contato com o vírus, mas que aprendeu no hospital que o VSR normalmente acomete crianças e que nos últimos tempos sabemos que afeta também pessoas com mais de 60 anos. Segundo ele, o VSR não provocou mais complicações em seu quadro de saúde.
Você pode conferir aqui mais detalhes da live feita com o pneumologista Mauro Gomes, sobre o VSR. E nessa entrevista com o pneumologista Ricardo Amorim, você pode saber mais sobre os riscos do VSR para pacientes com doenças respiratórias crônicas, como a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).
Hoje, aos 75 anos, David adotou uma rotina mais leve. Se antes levantava muito cedo e passava o dia no trabalho, agora acorda mais tarde, vai ao escritório algumas vezes na semana e mantém uma rotina de exercícios que inclui musculação 2 vezes por semana. Ele também faz acompanhamento médico com pneumologista duas vezes ao ano e com endocrinologista, além de manter a medicação para diabetes e colesterol. David é fundador e diretor de uma empresa de projetos de sistemas de automação e conta com orgulho sobre os 2 filhos e 3 netos. “A vida muda, mas eu pretendo levar minha o mais normal possível. Mesmo com tudo que aconteceu, não perdi o bom humor”.
