“O tratamento é libertador”

Sandra Humel começou a sentir falta de ar após os 40 anos. Em alguns momentos precisou ser internada. “As crises…

Sandra Humel começou a sentir falta de ar após os 40 anos. Em alguns momentos precisou ser internada. “As crises de falta de ar me impediam de caminhar, de trabalhar… Um dia meu esposo teve que me dar banho porque eu não conseguia ficar em pé”. Foram seis anos de vários exames e consultas. Médicos suspeitavam de alergia, rinite, sinusite, pediram endoscopia para saber se não era um problema de refluxo, eletrocardiograma e exames como ressonâncias, tomografias e radiografias para checar a função pulmonar. Esses últimos sempre apresentavam inflamação nos pulmões.

“Cheguei a tomar por dois anos corticoide todos os dias para me manter fora dos hospitais”. Sandra precisou passar por seis profissionais até receber o diagnóstico de asma grave e o tratamento definitivo. Nascida em São Paulo, Sandra vive há quatro anos em Águas de Santa Bárbara, no interior do estado. Ela conta que a doença a fez mudar muitos hábitos, especialmente limitar o esforço físico. Fazer longas caminhadas, dançar, subir escadas, nadar e até alguns trabalhos domésticos precisaram ser evitados.

 

Medicação adequada

Seu atual médico, dr. Rafael Faraco, prescreveu um imunobiológico. Ela usou por um ano e oito meses, mas sem muito sucesso, pois continuava sendo internada com crises de falta de ar. Foi então que incluíram um novo imunobiológico ao tratamento, específico para o quadro de Sandra e indicado como tratamento complementar de manutenção da asma grave. “Hoje, consigo fazer caminhadas de longas distâncias. Antes do tratamento não conseguia subir uma escada de poucos degraus”, relata. Sandra tem acesso ao tratamento pelo SUS.

Ela voltou a trabalhar em uma clínica veterinária e, ao ser perguntada sobre os desafios de manter o tratamento, tanto medicamentoso quanto com atividade física, Sandra é taxativa: “Desafiador é não respirar. O tratamento é libertador. Foi como ter a minha vida normal de volta. Hoje trabalho, consigo caminhar sem me faltar ar e nadar, não tenho mais limitações para executar nada.”