Santa Catarina publicou um novo protocolo estadual para tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar. O documento amplia o acesso ao tratamento…
Santa Catarina publicou um novo protocolo estadual para tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar. O documento amplia o acesso ao tratamento no estado, ao permitir a terapia combinada, ou seja, o fornecimento de mais de um medicamento para tratar a doença. O protocolo estabelece os critérios diagnósticos e terapêuticos da HAP e, no caso do documento estadual, complementa o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da HAP do Ministério da Saúde.
Para o presidente da Associação Catarinense de Pneumologia e Tisiologia, Dr. Roger Pirath, a atualização vai permitir uma assistência completa, ágil e eficaz aos cerca de 200 pacientes que fazem tratamento para HAP no estado de Santa Catarina. O que muda é o acesso a novas medicações como o Selexipague e a adoção do tratamento realizado através da combinação das medicações, uma prática consolidada em diretrizes internacionais.
O protocolo nacional para Hipertensão Arterial Pulmonar foi publicado em 2014 e está em processo de atualização na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, a Conitec, órgão do Ministério da Saúde. A Abraf, inclusive, publicou um manifesto em que pede a atualização do protocolo, e que você pode assinar aqui. Segundo o médico pneumologista e coordenador do Centro de Referência em Hipertensão Pulmonar do Hospital Universitário da UFSC, o documento nacional não contempla o tratamento adequado para a maioria dos pacientes. “Com o protocolo estadual, conseguimos atualizar em praticamente 90% do que é feito nos grandes centros do mundo”, afirma o Dr. Pirath.
Todos os pacientes que atenderem aos critérios de inclusão terão acesso aos medicamentos pelo SUS sem necessidade de judicialização. “Por ser uma doença grave, o atraso do tratamento além do longo caminho da judicialização vinha piorando em muito o prognóstico dos pacientes”, analisa Dr. Pirath.
O médico ainda afirma que a facilidade no acesso aos tratamentos deve levar a uma melhora nos índices de sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. Mas ele afirma que ainda há pontos a serem reivindicados, como o acesso a tratamento aos pacientes com embolia crônica e a inclusão de novos tratamentos que surgiram nos últimos dois anos de discussão do protocolo.