Meu nome é Naomi Magalhães, tenho 34 anos. Fui diagnosticada com HAP idiopática em 2012, aos 25 anos. Durante 3 anos eu tive acompanhamento na Unicamp, em Campinas, e no final de 2015 me mudei para a Bélgica e, desde então, meu tratamento é feito aqui.
Em janeiro de 2012 eu comecei a sentir falta de ar durante minhas corridas. Mas não dei muita atenção. Alguns meses depois essa falta de ar começou a aparecer durante caminhadas normais e nas atividades rotineiras como limpar a casa.
Em julho do mesmo ano, procurei um cardiologista e nos dois exames de ecodoppler deu Hipertensão pulmonar importante. Fui encaminhada para Unicamp, mas não pude começar o tratamento, pois não conseguia vaga para o cateterismo. Acabei desistindo da espera por vaga e fiz particular pelo meu convênio. Após 8 meses dos primeiros sintomas que iniciei o tratamento com bosentana e sildenafil.
Essa espera provocou um glaucoma no meu olho esquerdo, que também é pressão alta nos olhos. Segundo meu oftalmologistada Unicamp, esse glaucoma surgiu devido à HAP. Além do meu caso, só existia mais um publicado cientificamente nos EUA. Eu fiquei quase cega do olho esquerdo.
Após uma cirurgia no olho para diminuir essa pressão, minha visão voltou e comecei a usar um colírio para mantê-la estável.
Foi só depois de um ano tratando a HAP que eu pude interromper o tratamento para o glaucoma.Hoje faço acompanhamento de tempos em tempos, mas com a HAP sendo tratada, não voltei a ter problemano olho.
Com o tratamento da HAP, não só o glaucoma desapareceu, como meu cansaço também diminuiu muito. Passei a ter uma vida quase normal, não mudei nada, apenas adaptei as coisas que eu fazia. Pude até voltar a fazer atividade física moderadamente. Fiz musculação por um tempo e hoje faço yoga, tudo dentro do limite do meu corpo.
Sempre confiei na vida, em Deus e em Sua sabedoria sobre o que é melhor para todos nós. E é por causa disso que, desde o início, as pessoas certas apareceram no meu caminho para que tudo desse certo para mim e me trouxesse onde estou agora.