8 de outubro, 2019 Por Marisa Wexler, MS IN NEWS. Michael J. Holtzman, MD (Doutor em Medicina), recebeu perto…
8 de outubro, 2019
Por Marisa Wexler, MS IN NEWS.
Michael J. Holtzman, MD (Doutor em Medicina), recebeu perto de US$7,5 milhões para financiar pesquisa visando desenvolver tratamento com células tronco para a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma e outras enfermidades.
A pesquisa de Holtzman, na Escola de Medicina da Universidade de Washington, St. Louis, identificou um subconjunto de células-tronco – capazes de crescer em outros tipos mais especializados de células – que revestem as vias aéreas e ajudam a impulsionar a produção de muco nos pulmões.
“As células-tronco, que dão origem às células de muco que revestem as vias aéreas e outros locais, são parte de nossa estratégia de defesa imunológica”, disse Holtzman, diretor da Divisão de Medicina Pulmonar e Intensiva, em comunicado da universidade à imprensa, escrito por Julia Evangelou Strait. Essas células são ativadas por vírus respiratórios comuns e outros agentes inalados, previnem lesões nas vias aéreas e promovem reparos.
Resolvido o problema, o sistema [imune] deve voltar ao nível normal de base. Mas, em algumas pessoas, as células-tronco são alteradas, continuando a causar inflamação e muco e, finalmente, comprometem a função das vias aéreas, mesmo para a respiração normal ”, disse Holtzman.
Assim, a equipe de Holtzman está buscando alvos terapêuticos para controlar essa resposta de células-tronco.
A maior subvenção que recebeu – US$ 6,6 milhões – é o prêmio de pesquisador destacado do National Heart, Lung, and Blood Institute of the National Institutes of Health (NIH – Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos Institutos Nacionais de Saúde), concedido a investigadores experientes em pesquisa inovadora e com potencial de grandes avanços. A verba garante sete anos de financiamento para pesquisas destinadas a mais bem caracterizar essas células e seus mecanismos de ação subjacentes.
O prêmio também apoia esforços contínuos para identificar estratégias farmacológicas de manipulação dessas células-tronco. Um composto de chumbo mostrou-se promissor em modelos animais, impedindo a inflamação das vias aéreas e a produção de muco após uma infecção viral respiratória.
Dependendo de autorização da Food and Drug Administration (Agência de Medicamentos e Alimentos) dos Estados Unidos, estão previstos ensaios clínicos para esta terapia potencial em pessoas com DPOC, exacerbações da asma e distúrbios relacionados das vias aéreas superiores.
Holtzman também recebeu US$ 300.000 do NIH Small Business Technology Transfer (STTR – Transferência de Tecnologia para Pequenas Empresas do NIH), para apoiar uma empresa que iniciou, antecipando o desenvolvimento bem-sucedido desses tratamentos.
Além das doenças pulmonares, Holtzman recebeu outros US$ 300.000 e um prêmio de US$ 250.000 do Siteman Investment Program, para apoiar um composto de células-tronco direcionado ao tratamento de câncer de mama.
Segundo Holtzman, “sua primeira reação é imaginar como esses compostos semelhantes poderiam ser eficazes em tecidos que parecem tão diferentes. Mas as vias aéreas, os tecidos mamários e outros locais relacionados compartilham a função secretora, sobrepondo-se à maneira como essa função é controlada. Como resultado, nossos compostos podem ser precisamente adaptados para determinar se a célula-tronco desregulada está nas vias aéreas, no tecido mamário ou em outros locais”.
Marisa é mestre (MS) em Patologia Celular e Molecular pela Universidade de Pittsburgh, onde estudou novos fatores genéticos do câncer de ovário. É especialista em biologia, imunologia e genética do câncer. Começou a trabalhar com a BioNews em 2018, tendo escrito sobre ciência e saúde para a SelfHacked e a Genetics Society of America (Sociedade de Genética da América). Ela também escreve/compõe musicais e treina o clube de esgrima da Universidade de Pittsburgh.
Fatos verificados por:
Patrícia é doutora (PhD) em Microbiologia Médica e Doenças Infecciosas pelo Centro Médico da Universidade de Leiden, Holanda. Estudou Biologia Aplicada na Universidade do Minho e foi pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de Medicina Molecular em Lisboa, Portugal. Seu trabalho tem focalizado características genéticas moleculares de agentes infecciosos, como vírus e parasitas.