Uma série de estudos científicos sugerem que a técnica de meditação de atenção plena (mindfulness) oferece poderosos benefícios holísticos para…
Uma série de estudos científicos sugerem que a técnica de meditação de atenção plena (mindfulness) oferece poderosos benefícios holísticos para a saúde. E, enquanto pesquisadores advertem que nenhum estudo deve ser interpretado como uma prescrição de tratamento, a técnica de atenção plena está sendo considerada viável como complemento aos tratamentos convencionais. Abaixo, você pode encontrar alguns meios em que essa técnica pode te ajudar:
Permanecer Focado
Aprender a manter a atenção através da técnica de atenção plena ajudar a melhorar a capacidade geral de focar e prestar atenção durante atividades diárias. Em um estudo de 2012 na revista Frontiers in Human Neuroscience, pesquisadores avaliaram pessoas que não haviam tido nenhum contato prévio com meditação. Algum deles receberam três horas de prática sobre meditação e atenção plena, e foram orientados a meditar por dez minutos diariamente por até dezesseis semanas. Durante atividades que envolviam atenção aos detalhes, aqueles que meditaram demonstraram mais controle sobre funções executivas que demandavam maior atenção comparado aos que não meditaram. A pesquisa sugere que até “pequenas doses” de prática de meditação podem mudar significativamente funções neurais relacionadas ao processamento de estímulos conflitantes.
Em uma metanálise de 2014, Goyal e seu parceiro Johns Hopkins descobriram que a técnica de meditação mindfulness poderia ser igualada a antidepressivos no tratamento de sintomas de depressão. Em um estudo de 2014 na revista Social Cognitive and Affective Neuroscience, pesquisadores examinaram 15 participantes sem nenhuma experiência prévia com meditação. Ao longo de somente quatro dias de prática de mindfulness tais participantes apresentaram um quadro significativo de menos ansiedade. Basicamente, a técnica de atenção plena reduz ansiedade, melhorando o humor e os mecanismos de controle cognitivo.
Pesquisa sugere que a prática de mindfulness não somente reduz o stress e ansiedade após um episódio estressante, como também pode ajudar a atenuar o stress no momento do evento. Em um estudo de 2013, Kirk Warren Brown, phd e psicólogo da Universidade Virginia Commonwealth em Richmond, juntamente com colegas, reportaram que indivíduos praticantes da técnica mostraram uma menor excitação do cérebro em resposta a imagens altamente desagradáveis. Isso sugere que a prática de atenção plena muda como os centros de emoção relacionados ao stress são ativados no cérebro. Como resultado, essas áreas cerebrais não somente foram menos ativadas quando provocadas, como também a reação pode ser mais fácil de regular devido a intensidade, diz Brown.
Em um estudo de 2011, Zeidan, pesquisador da Wake Forest, e seus colegas, mostraram que depois de somente quatro dias de prática de meditação- mindfulness, meditar durante episódios de dor reduziram a sensação desconfortável em 57% e os níveis de intensidade de dor em 40 % em pacientes. Os pesquisadores também identificaram regiões específicas do cérebro que parecem estar envolvidas na experiência de dor e como são moduladas através da meditação. Alterando o contexto de dor pelo controle cognitivo e regulação emocional, a meditação pode mudar o jeito que percebemos a dor, como por exemplo, vendo-a como passageira.
Aumentar massa cinzenta
Diversos estudos das últimas décadas têm mostrado que estimulando o aumento da massa cinzenta em várias regiões do cérebro, a prática de mindfulness pode melhorar a aprendizagem, memória, e regulação emocional. Em um estudo publicado na revista Psychiatry Research em 2011, por exemplo, pesquisadores escanearam cérebros de pacientes que tiveram pouca ou nenhuma experiência prévia com a prática de mindfulness. A seguir, os participantes do estudo completaram o curso MBSR em oito semanas, e então voltaram serem escaneados. Os indivíduos que participaram do curso de meditação mostraram aumento significativo de massa cinzenta.
Combater Alzheimer
Mindfulness pode retardar a degeneração cerebral que leva à doença de Alzheimer. Em um estudo piloto publicado em 2013, Rebecca Erwin Wells, MD na Wake Forest, e seus colegas, reportaram que em adultos com incapacidade cognitiva (em estágio transacional entre perda de memória de acordo com envelhecimento e demência), participantes que praticavam mindfulness demonstraram menos atrofia, ou encolhimento no hipocampo, região cerebral que é alterada em doenças degenerativas como Alzheimer, em comparação ao grupo controlado. O estudo também revelou que uma área do cérebro chamada de “default mode network” – o stand by – que é envolvida em atividades como sonhar acordado e pensar no passado e futuro, mostrou melhor conectividade neural em meditadores. Maiores estudos ainda são necessários para confirmar estes precoces porém promissores resultados, afirma Erwin Wells.
Evitar gripes e resfriados
A meditação por meio do mindfulness pode ajudar a aumentar a imunidade. Em um estudo de 2012 sobre Medicina familiar com adultos por volta de 50 anos ou mais, pesquisadores mostraram que a meditação mindfulness é tão efetiva quanto exercitar-se para reduzir as ocorrências de infecções respiratórias agudas, que envolvem constipações e gripes sazonais. Este estudo reforça aqueles que demonstram que a meditação pode ajudar a combater doenças por meio da redução do stress, e, além disso, ajudando a ter uma saudável resposta imunológica do organismo.
Fonte: Yoga Journal
Por: Amanda Mascarelli
Traduzido por: Natália André