Meu repetido ciclo de hospitalização desde novembro testou minha força física e mental. Quando a dor, a fadiga, a depressão…
Meu repetido ciclo de hospitalização desde novembro testou minha força física e mental. Quando a dor, a fadiga, a depressão e a ansiedade preenchem meus pensamentos, é difícil ver o lado positivo. Durante minha estadia no hospital, uma transição para uma sala de ocupação dupla restaurou minha força.
Embora a diferença de idade entre a minha companheira de quarto e eu fosse mais de 60 anos, eu aprendi muito durante a semana dividindo um quarto com ela. Agradeço-lhe por me ajudar a ver o bem, suportando alguns dos piores dias da minha vida e por restaurar minha esperança, propósito e luta.
Sou grata por essas lições e valores que ela me presenteou:
Tenha paciência. Um hospital é um dos lugares mais difíceis de se ter paciência. É quase impossível desligar os bipes dos monitores, pedir as luzes apagadas e ignorar os gritos de outras salas. Não posso começar a imaginar todas as lágrimas chorando e doloridas que ela ouviu de mim do outro lado da cortina. Nem uma vez ela murmurou baixinho sobre isso ou insinuou como era “irritante”. Ela mostrou paciência e amor o tempo todo.
Simpatize com os outros sem minimizar suas lutas. Embora ela tenha passado por suas próprias dificuldades a poucos metros de mim, ela me ensinou como é importante expressar simpatia pelos outros em seus tempos difíceis. Ela nunca comparou nossas histórias. Quando nos perguntamos por que estávamos no hospital, não era sobre quem “teve o pior”. Era sobre simpatizar e empatizar nas formas em que podíamos.
Não se contente com o medíocre. Depois de passar uma semana com minha colega de quarto, posso dizer com certeza que ela é uma mulher que sabe o que quer. Eu estava cheia de risadas silenciosas e sorrisos toda vez que ela fazia comentários sobre o macarrão com queijo do hospital ou a sopa. Quando ela ordenava comida do menu, tudo que eu poderia pensar para mim mesmo às vezes era: “Eca, não peça isso!” Pouco tempo depois, eu sabia que devíamos ter o mesmo gosto por comida, porque ela deixou claro que ela não realmente amava a comida. Ela não gostou do sorvete do hospital e disse às enfermeiras que ela só queria ir para casa e buscar Ben & Jerry’s. Se a comida não tinha gosto, ela simplesmente pedia outra coisa – ela se recusava a se contentar com medíocre. Ela sabia o que gostava e eu sabia que ela se certificaria para conseguir. A vida é muito curta para um sorvete de imitação barata!
Espalhe a alegria dentro das paredes de um quarto de hospital. Não é preciso um gesto extravagante para ser “gentil”. Às vezes, tudo que é necessário para transformar o dia de alguém é uma palavra de incentivo, apoio moral e, no nosso caso, um amor pelo time de futebol Patriots. Juntos em nosso quarto, minha mãe e eu fizemos sinais para torcer pelo time. O mais alto de todos nós durante o jogo do campeonato foi a mulher que tinha três vezes a minha idade. A alegria embalou aquela sala – você pensaria que estávamos em um bar de esportes.
Dê o próximo passo, mesmo quando estiver difícil. Da minha colega de quarto, aprendi a importância de manter viva a minha tenacidade e espírito de luta. Vendo-a andar pelo corredor, tanto quanto ela me levou a fazer o mesmo. Ela era mais determinada, feroz e mais forte do que ela provavelmente achava que era.
Durante a internação, aprendi que é importante se libertar da tecnologia e se comunicar pessoalmente. Minha vida mudou porque conheci alguém com a experiência de vida que só posso sonhar em ter. Suas ações e palavras me fazem olhar para a minha vida de forma diferente. Ela me fez pensar sobre como eu estava tendo sucesso e prosperando com a hipertensão pulmonar, e sobre o que mais eu poderia fazer.
Eu não esperava uma amizade com alguém muito mais velho do que eu e certamente não esperava aprender muito com ela. Foi o inesperado que fez uma diferença duradoura na minha vida.
Por: Brittany Foster
Fonte: Pulmonary Hypertension News
Traduzido por: Emy Yamamoto
